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Entenda os riscos e o que fazer em caso de pneu careca

Por Redação em 10/05/2022 às 00:00
Atualizado em 10/05/2022 às 00:00
Entenda os riscos e o que fazer em caso de pneu careca

Desde a autoescola, sabemos que guiar um automóvel com pneu careca prejudica a segurança de condutores e terceiros. Isso acontece porque pneus lisos não têm ranhuras suficientes para garantir a condução e a frenagem segura do carro, principalmente em estradas molhadas. Eles também são vulneráveis a furos e estouros, elevando a probabilidade de acidentes.

Além disso, eles se esvaziam facilmente e aumentam o consumo de combustível por conta do esforço que o motor faz para arrastar o veículo. Assim, muito além de proteger motoristas, passageiros, pedestres e outros automóveis no trânsito, cuidar dos pneus também beneficia o bolso do condutor.

Neste artigo, selecionamos todas as informações necessárias para você compreender se os pneus do seu carro estão carecas e como aumentar sua durabilidade. Confira.

Os perigos do pneu careca

Assim como qualquer componente veicular, o pneu tem vida útil e ela deve ser seguida à risca para evitar o comprometimento da direção e da estabilidade do automóvel. Por isso, é importante fazer a troca sempre que necessário.

Nesse sentido, vale a pena conhecer os riscos de quem dirige com pneus carecas. As ameaças mais perceptíveis são as seguintes.

Comprometimento do tempo de resposta à frenagem

A perda de aderência ao solo reduz as respostas do pneu ao acionar os freios. Na prática, ocorre que o carro precisa andar uma distância maior até parar por completo. Em uma condição emergencial, esse problema pode causar colisões graves.

Aumento do risco de aquaplanagem

A camada fina de água que fica entre o solo e os pneus prejudica o controle do carro. Quando o item está com ranhuras suficientes, é possível expulsar a água com eficiência. Em contrapartida, se estiver totalmente liso, esse processo não acontece.

Essa condição é potencializada quando a velocidade do automóvel ultrapassa os 70km/h. Por isso, durante a chuva, mantenha uma velocidade reduzida, os pneus em bom estado de conservação e evite frear ou virar o volante de forma brusca.

Diminuição da estabilidade do carro

Isso é consequência da direção, que fica mais desconfortável e instável. Ao correr muito, o veículo trepida e as rodas fazem muito barulho por conta das derrapagens frequentes. Em situações específicas, como em estradas esburacadas ou com cascalhos, os pneus estouram, causando acidentes graves, dependendo do local e da velocidade do automóvel.

O momento ideal para a troca

Não sabe quando deve trocar o pneu do seu carro? Então, conheça os sinais mais evidentes.

Indicadores de desgaste

O primeiro sinal que precisa ser analisado é o indicador de desgaste (TWI), que são aquelas faixas de borracha que ficam entre os sulcos do pneu. Quando o desgaste da borracha atinge esse limite, é sinal de que chegou o momento de fazer a troca.

Deformações

Pneus com bolhas, perfurações, rasgos e outras deformidades devem ser trocados imediatamente. Não existe tolerância para tais condições. Nesses casos, a probabilidade de os pneus estourarem com o carro em movimento é muito grande. O mesmo vale para rachaduras e ressecamentos.

Desgastes irregulares

Também é válido conferir se há desgastes irregulares. Para isso, observe as laterais para encontrar indícios. Isso acontece por falta de alinhamento ou algum outro problema no carro. É importante descobrir as causas e saná-las e ver se estão prejudicando a direção a ponto de ter que substituir todo o conjunto.

Validade

Assim como qualquer produto, os pneus têm limite de uso específico. Insistir na sua utilização após o vencimento é muito perigoso. Portanto, respeite esse prazo e faça a troca quando chegar o momento. Caso não tenha certeza, a recomendação é substituí-los a cada 5 anos.

O que diz o CTB

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não menciona o termo “pneu careca”, mas prescreve que é proibido conduzir automóveis com mau estado de conservação. Como complemento, o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) especifica que os sulcos do pneu do carro de passeio devem ter, no mínimo, 1,6 mm — equivalente à medida da circunferência amarela da moeda de 1 real.

As penalidades previstas

O estepe também não deve ser negligenciado. Ele precisa estar em boas condições de usabilidade, ou seja, não deve estar careca, murcho ou furado. Caso tal componente esteja nessas condições, o motorista pode ser multado de acordo com o artigo 230 do CTB. A penalidade é idêntica à dos pneus carecas, isto é, multa de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

Após receber esse tipo de multa, o automóvel é retido até a regularização do problema, além de existir a possibilidade de ser levado para o pátio do Detran. Em algumas situações, o policial militar ou rodoviário pode apreender o Certificado de Licenciamento Anual e emitir um recibo com prazo para a troca do pneu careca. Depois, basta apresentar o veículo ao agente fiscalizador e receber o documento de volta.

Os cuidados para conservar os pneus

Após conferir os riscos e as consequências de andar com pneus desgastados, vamos aos cuidados para esticar sua durabilidade.

Calibre os pneus de forma periódica

A recomendação é que todos os pneus sejam calibrados a cada 15 dias, ou antes de fazer viagens longas. A pressão ideal pode ser conferida no manual do fabricante — algumas marcas colocam adesivos no carro com essa informação, como na lateral da porta do motorista.

A calibração recomendada dá estabilidade e segurança ao automóvel, elevando também a vida útil dos pneus. É importante mencionar que utilizar tais componentes abaixo da pressão indicada gasta mais combustível.

Faça o rodízio dos pneus

Devido ao uso frequente do carro, pneus dianteiros e traseiros suportam cargas diferentes, desgastando-se de forma distinta. Nesse sentido, o rodízio tem a função de equilibrar a deterioração desigual do conjunto.

É recomendado fazê-lo a cada 10 mil km rodados, mas é importante conferir o intervalo exato no manual do automóvel, pois pode variar entre modelos. Outro aspecto relevante é que esse procedimento favorece a estabilidade e a aderência do veículo em estradas molhadas.

Faça o alinhamento e balanceamento das rodas

Os dois procedimentos devem ser feitos após a troca ou rodízio dos pneus e, inclusive, sempre que você perceber que o carro está puxando para algum dos lados, ou quando sentir vibrações no volante. Rodas devidamente alinhadas e balanceadas são essenciais para reduzir o desgaste desigual.

Evite a sobrecarga

O excesso de peso pode prejudicar a estrutura interna dos pneus e acelerar seu desgaste. Ir além do peso recomendado não só agrava o conjunto, mas também o desempenho e a suspensão do veículo. Portanto, se for viajar e precisar levar muita coisa, pese a bagagem para saber se está dentro do limite mencionado no manual do veículo.

Não faça freadas bruscas

Paralisar as rodas para parar o carro em movimento resulta em um atrito muito grande entre o pneu e o solo. Até mesmo uma freada leve contribui para o desgaste natural do componente. Portanto, quanto mais brusca ela for, maior será o dano. Por isso, evite acionar o freio com força, faça somente em situações de emergência.

Como visto, os riscos do pneu careca devem ser considerados a todo momento para garantir que o automóvel esteja sempre estável e seguro ao dirigir. Para isso, faça a revisão periódica (manutenção preventiva) de todo o conjunto, inclusive do estepe, para garantir que estejam sempre em bom estado de uso.

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