Quem tem bichinhos de estimação sabe que eles são como membros da família. Há gente que carrega os pets nas viagens de férias, para passear em parques mais distantes, visitar familiares e, claro, ir ao veterinário quando necessário, tudo isso de automóvel. Mas não pode levá-los de qualquer jeito não, viu? Existem algumas regras básicas para transportar animais em segurança no carro.
Sabe aquela cena do cachorrinho com a cabeça para fora da janela, admirando a paisagem, sentindo a brisa bater no rosto e com os pelos ao vento? Não pode! Os pets precisam estar presos para não atrapalhar o motorista e não se machucarem em caso de acidente.
Está com dúvidas sobre como fazer tal transporte com conforto e segurança? Continue a leitura que vamos explicar tudo neste artigo!
Porque é perigoso e proibido. De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), transportar animais à sua esquerda ou entre os braços e pernas é uma infração média.
Isso quer dizer que o pet não pode viajar de carro no colo, no assoalho nem no banco da frente — mesmo que no lado do passageiro. O motorista que for pego sob essas condições ganha quatro pontos na carteira e uma multa de R$130,16.
O fato é que tal restrição não é à toa, mas uma questão de segurança. Quando o pet fica livre dentro do carro, ele pode distrair o motorista e gerar acidentes. Na batida, o animal pode ser arremessado para fora do carro ou machucar o motorista e os demais passageiros.
A lógica é bem parecida com a dos objetos soltos — como garrafas, mochilas e bolsas — e pessoas sem o cinto de segurança. Se o animal não estiver preso, ele poderá ser projetado para frente durante um choque ou freada brusca. Um cachorrinho de cinco quilos, por exemplo, pode se transformar em uma grande rocha de 250 quilos em uma batida a 60 quilômetros por hora. É ou não é um perigo?
Mais: não é permitido carregar os bichinhos na carroceria de picapes e caminhões. Essa já uma infração gravíssima que rende cinco pontos na carteira, multa de R$195,23 e o veículo ainda pode ser retido.
No porta-malas também é inadequado, e não só por fatores legais. Os veículos do tipo sedan, por exemplo, têm o bagageiro fechado. O bichinho pode até morrer sufocado se for transportado lá dentro. Isso é configurado como maus-tratos.
Antes de mais nada, é bom lembrar que essas idas e vindas podem ser estressantes para os animais. Afinal de contas, para muitos deles os passeios de carro nem são tão frequentes assim. Portanto, é legal treinar os bichinhos para eles se acostumarem com essa situação. Vale até usar petiscos e brinquedos como incentivo.
No caso das viagens mais longas, além de estar com a documentação do carro toda em dia e fazer uma boa revisão no veículo, é importante visitar um veterinário antes de pegar a estrada com os pets. No geral, a recomendação é deixar o animal em jejum para evitar enjoos. Mas há cães e gatos que precisam até de calmantes para fazer uma viagem mais tranquila.
Dito isso, agora, vamos dar algumas dicas sobre como transportar os pets no carro com segurança. Veja!
O cinto peitoral é o cinto de segurança do cachorro. É uma espécie de coleira que envolve o tórax, a área do pescoço e abdômen do animal. A guia é fixada diretamente na trava do cinto de segurança.
Algumas pessoas usam aquela coleira que envolve o pescoço e improvisam um jeito de prender o cão no cinto. No entanto, tal manobra não é muito recomendada, porque pode enforcar o pet em caso de freadas bruscas. Já o peitoral de transporte tem dimensões específicas para limitar a movimentação do animal dentro do automóvel, sem machucá-lo.
A grade de segurança é uma grande tela de proteção — geralmente feita com aquele tecido cheio de furinhos — colocada entre os bancos dianteiros e traseiro. O objetivo desse acessório é isolar o animal no banco de trás, para que ele não pule para frente e atrapalhe o motorista.
Esse acessório é interessante principalmente para cachorros maiores e bagunceiros. Embora o cinto peitoral fique bem justo e firme — ele deve ser usado mesmo com a tela de proteção —, um animal de grande porte pode conseguir ultrapassar os limites só de levantar a pata.
A cadeirinha é um tipo de cestinha de tecido aberta em cima e recomendada para cachorros menores — até 10 quilos. A cadeirinha fica presa ao banco do seu carro e o animal fica amarrado à cesta pelo peitoral. A movimentação do pet se torna ainda mais limitada com esse acessório. Mas como ele é acolchoado e bem confortável, alguns bichos dormem tranquilos a viagem toda.
A caixa de transporte é a mais segura de todas as alternativas. Ela é presa ao banco com o cinto de segurança e o pet fica confinado ali dentro. Tal acessório é indicado para animais muito agitados e não acostumados a andar de carro, inclusive os felinos.
Mas é necessário ter atenção ao tamanho dessa caixa. Ela deve ser alta o suficiente para caber o animal em pé sem abaixar a cabeça, e larga o bastante para que o pet consiga dar uma volta inteira em torno de si. Já os pássaros, hamsters, coelhos e outros animais pequenos precisam ser transportados em gaiolas específicas para sua espécie.
Nunca deixe qualquer bicho preso e sozinho no automóvel nem por um minutinho sequer. Mesmo com as janelas levemente abertas, o veículo costuma superaquecer como se fosse um forno. O animal pode começar a vomitar, salivar excessivamente, ter convulsões e desmaios e até morrer. O pior é que essa evolução acontece em poucos minutos.
Então, se você for ao supermercado ou à padaria rapidinho, é melhor deixar o pet em casa. Não vale a pena expor o bichinho a esse risco. Agora, em caso de viagens longas, é diferente.
Nessa situação, o ideal é descer com o pet para um passeio rápido. A gente não para com a intenção de abastecer, beber água, esticar as pernas e ir ao banheiro? Os animais também precisam desse tempo.
Levar os pets para dar uma voltinha de automóvel não faz mal nenhum. Pelo contrário: como eles fazem parte da família, é até legal incluí-los nos programas de lazer. No entanto, é importante saber transportar animais em segurança no carro para preservar a saúde do bichinho e evitar que ele atrapalhe o motorista.
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