Comprar carro seminovo é muito mais vantajoso do que o zero. Quem nunca ouviu essa frase ao comentar que pretende adquirir o seu, que atire a primeira pedra. Mas quer saber de um segredo? É verdade! Há muitos benefícios nessa escolha e essa é só uma das coisas que você vai ver por aqui.
Isso porque, para realmente aproveitar essas vantagens, é preciso saber analisar a sua compra, fazer comparações, ou seja, colocar tudo na ponta do lápis (ou na tela do seu smartphone, para os mais moderninhos). Entender bem qual é o custo-benefício da escolha do seminovo é fundamental para que você mais tenha tranquilidade para investir o seu dinheiro.
Então, que tal descobrir tudo o que você precisa para comprar seu carro seminovo com segurança? Confira o guia completo que preparamos para você!
A gente ouve muito falar em carro seminovo ou usado, mas nem sempre entende exatamente qual é a diferença entre eles e, acredite, existem algumas bem importantes. Saber isso é essencial para que você faça a escolha certa. Então, veja só a explicação dos dois conceitos!
Só podemos chamar de carros seminovos aqueles que seguem os padrões colocados no mercado para receber essa nomenclatura. Uma delas é que ele só pode ter dois anos de uso, no máximo. Mais que isso — e a maioria das pessoas não tem conhecimento dessa informação — eles devem ter pertencido a apenas um proprietário.
Já é um bom começo para que você não caia em nenhum negócio furado, certo? Esse detalhe faz toda a diferença na valorização do carro. Portanto, fique atento a ele!
Outro ponto que diferencia o seminovo do usado é mais óbvio: sua lataria tem que estar em condições perfeitas, assim como a parte mecânica. A classificação de seminovo ainda indica que a quilometragem máxima de um carro nessa categoria seja de 20.000km rodados por ano — ou seja, um olho no odômetro e outro na documentação!
Os cuidados que mencionamos acima parecem muito restritivos e tudo o que estiver fora daqueles padrões deve ser considerado, simplesmente, como usado? Não necessariamente! É preciso, como em tudo na vida, analisar cada caso. Mas o carro deve estar em condições excelentes para ser considerado um seminovo se tiver mais do que dois anos de uso, viu?
Aliás, o contrário também vale. Afinal, dependendo de como o veículo for usado pelo proprietário e dos cuidados (ou da falta deles), muitas vezes, um carro com menos de dois anos em circulação pode estar bem capenga. Nesse caso, não vale ser chamado de seminovo!
Portanto, é preciso entender exatamente o que deve ser checado antes de fazer a sua escolha, analisando cada detalhe — lataria, mecânica, documentação — para identificar em que categoria ele se encontra. Contar com a ajuda de um mecânico pode ser uma ótima ideia, para começar
Já deu para perceber as razões para o mercado criar essa diferenciação na compra de um carro seminovo ou usado, não é mesmo? Pode parecer bobagem, mas todos esses detalhes servem para ajudar você a calcular as vantagens de optar pelo seminovo, tanto em relação ao zero quanto em relação ao usado. Assim, você tem mais chances de evitar os riscos de pagar mais por algo que não vale a pena.
A negociação também é facilitada quando você tem todas as informações em mente, pois, ao comprar, você poderá pedir melhores condições de pagamento e descontos, relacionando isso à classificação dele — se é seminovo ou usado. Também conseguirá calcular de forma mais precisa a relação custo-benefício da sua escolha, considerando a idade e as condições do veículo, os gastos com manutenção e as vantagens que ele trará a você.
Só não vale se esquecer de uma questão fundamental antes de escolher: as despesas que terá com o carro após a compra. Aqui, estamos falando tanto do combustível e das peças que deverão ser repostas nas revisões preventivas quanto do IPVA, do licenciamento, do DPVAT e do seguro auto.
Agora que você já entendeu o conceito necessário para comprar um carro seminovo, chegamos às dicas mais práticas do nosso post. Você precisará fazer uma verdadeira investigação antes de escolher aquele que vai ser guardado na sua garagem para que consiga fazer o investimento com segurança e tranquilidade.
Aqui, vale a pena checar se ele já passou por enchentes, se já foi batido, qual é a quilometragem, entre muitas outras informações. Um mecânico de confiança poderá ajudar você a analisar melhor o veículo. Além disso, será preciso conferir se a documentação está em dia e se não há nenhuma pendência jurídica. Vamos fazer uma checklist do que precisa ser observado?
Muitas vezes, achamos que dar uma boa olhada no carro pode ser suficiente para ver se ele está em boas condições. Mas, nesta lista que preparamos, você vai perceber que há muitos detalhes a considerar.
Por mais que a lataria (e o design) seja, muitas vezes, a responsável por fazer com que a gente se apaixone pelo carro, é no funcionamento do motor que deve estar o nosso foco na hora de comprar um seminovo. Portanto, não tenha medo de sujar as mãos e abra o capô, ligue o motor e dê uma boa olhada neste que chamamos de coração do veículo!
Nessa hora, vale perceber se sai alguma fumaça e como ela é — se estiver forte e escura, por exemplo, é sinal de problema. Preste atenção aos ruídos, pois barulhos estranhos podem indicar problemas em peças. O mesmo ocorre com vazamentos de óleo, que podem aparecer nas juntas.
Você tem alguma ideia de como perceber se há problemas no sistema de embreagem? Se não estiver com um mecânico por perto, você pode começar sentindo se ela está mole ou dura demais. Caso a resposta seja positiva, provavelmente será necessário fazer uma regulagem. Essa revisão deve ser feita a cada 70 mil quilômetros, mas, dependendo do uso do carro, as falhas podem ocorrer antes.
Uma dica para quem vai comprar carro seminovo e quer ter mais segurança em relação a ele não ter sido recuperado de um sinistro é a checagem dos vidros. Isso mesmo! Você sabia que o número do chassi deve estar gravado em todos os vidros do carro?
Fazendo essa verificação — e comparando com o documento e com a inscrição no motor —, você poderá saber se ele está regular e até descobrir se não houve necessidade de troca dos vidros devido a um acidente.
A gente sabe: na hora de vender, a lataria sempre acaba passando por um trato especial para conquistar os compradores. O carro, quase sempre, está brilhando, encerado e limpo. Mesmo assim, o ideal é que você analise a pintura em detalhes, dando uma volta em torno do veículo e prestando atenção se não tem nenhuma imperfeição ou diferença na textura e na cor.
Aproveite que está fazendo essa investigação para se certificar de que portas, porta-malas e capô não estão desalinhados, o que poderia revelar um possível acidente com o carro. Por fim, veja se as borrachas, os frisos e os adesivos parecem tão novos quanto o carro e se estão iguais nos dois lados.
Já parou para pensar no quanto pode ser importante pedir para levantar o carro e checar como andam as condições por baixo dele? Essa ação é fundamental para que possa avaliar o sistema de suspensão, se todas as soldagens das longarinas estão em ordem e outros detalhes. Também é um bom jeito de conferir se ele não foi rebaixado ou se não houve acidentes maiores com o carro.
Entrou no carro e percebeu que há um cheiro forte de bolor? Ou esse odor está misturado ao daqueles sachês com perfume? Esse veículo pode ter sido recuperado após uma enchente, o que é um grande problema a se evitar!
Outro jeito de descobrir isso é retirando o estepe e checando se não há pontos de ferrugem embaixo. O mesmo pode ocorrer com as ferramentas, como a chave de roda e o macaco.
Se os pneus não tiverem sido trocados recentemente — o que é menos comum ao comprar um carro seminovo — eles podem ajudar você a identificar alguns pontos sobre as condições gerais do veículo. Não sabe como?
Por exemplo, se o desgaste entre eles for desproporcional, pode ser um indício de que há problemas de alinhamento e balanceamento. O sistema de suspensão com falhas também pode deixar os pneus com esse desgaste diferenciado entre as bandas, ok?
O básico sobre esse tópico você já deve até conhecer: checagem de pendências, como pagamento de IPVA, licenciamento, DPVAT, multas e tudo o que se refere ao histórico do carro. É no Detran que podemos verificar tudo isso, na maioria dos casos, pela internet mesmo. Mas se você não está muito familiarizado com isso, aqui vai uma ajuda:
Outra coisa que pode ser importante, ainda nessa parte mais oficial, é fazer uma vistoria. Por meio dele, você consegue checar se as descrições no documento são as mesmas do que é verificado no carro (incluindo a numeração do chassi) — assim, você terá certeza de que o veículo não foi roubado ou não é clonado e nem passou por adulterações.
Uma última coisa sobre essa parte mais burocrática: não se esqueça de que a transferência e as devidas alterações no documento do carro devem ser feitos em até 30 dias após a data da compra, ok? Você vai precisar, para isso, dos documentos que pediu ao antigo proprietário, além do recibo de transferência, que deve ter a data e ser assinado com firma reconhecida.
Além disso, precisará do seu CPF e do comprovante de residência. Se comprar o seu seminovo em outra cidade, vai ter que levar uma certidão negativa de roubo e furto, outra de multa no município de origem e, por fim, fazer uma vistoria no Detran.
Quando falamos em documentação, há outra questão a que você deve ficar atento: o manual do veículo. Nele, além de ter todas as informações de que precisa sobre manutenção e funcionamento, você poderá ter acesso ao histórico do veículo.
Dessa forma, saberá se ele passou por todas as revisões na concessionária, trocas de óleo, conforme indicada pela montadora, entre outros dados importantes. Aliás, se não tiver manual, desconfie! Provavelmente, o passado do carro não é tão bom quanto você gostaria.
Até aqui, você já descobriu praticamente tudo o que precisava para checar se está tudo em cima para comprar o carro seminovo. Mas ainda tem mais uma coisa importante que você deve saber sobre o assunto: a reputação da pessoa ou da empresa que está se desfazendo do veículo.
Dê preferência pela compra em lojas de veículos ou em concessionárias conhecidas. Faça uma varredura na internet para descobrir a opinião de outros compradores, se há reclamações e como elas são respondidas pela empresa. Nessa hora, é bem importante agir com a razão — e deixar um pouco de lado a emoção por ter encontrado o carro dos seus sonhos.
Se mesmo com essas recomendações você preferir comprar direto com o proprietário, usando um desses sites com anúncios, redobre a atenção com as recomendações que leu até aqui sobre documentação e condições do veículo. Nunca faça nenhuma antecipação de pagamento sem garantias da negociação.
Com tudo o que você leu até aqui, pode parecer que já tem tudo pronto para comprar seu carro seminovo, certo? Errado! Ainda temos mais algumas dicas para você e elas se referem a uma etapa bem importante para que você tome uma decisão: o test drive.
É ele que vai oferecer aquela certeza de que o veículo escolhido é mesmo para ser seu. Mas, para isso, é preciso, mais uma vez, deixar a emoção de lado e avaliar coisas importantes, que nem sempre são percebidas se não pegarmos no volante, efetivamente.
Veja, a partir de agora, quais são os pontos a que você deve prestar atenção para aproveitar bem essa voltinha antes de assinar o contrato. Só não se esqueça de checar se o carro tem seguro antes de sair por aí com ele, ok? Você não vai querer arcar com nenhum prejuízo antes que ele seja seu, certo?
Aqui, não estamos falando de modelo, cor ou preços do mercado. A ideia é que você tenha informações sobre a dirigibilidade e o conforto, por exemplo. Isso é importante, principalmente, se você estiver trocando de estilo: se tinha um hatch e vai pegar um sedan ou uma SUV.
Provavelmente, você vai sentir diferença na posição do painel e do volante, entre outras características. O ideal é sentir se você vai se acostumar ao veículo. Lembre-se de que, ao comprar um carro seminovo, provavelmente, você ficará com ele por, pelo menos, dois anos, então tem mesmo que gostar de dirigi-lo.
O vendedor garante a você que está diante de um seminovo, com no máximo 50.000 quilômetros rodados? Tem um jeito de se certificar de que o odômetro não foi adulterado. Sinta se os pedais e a manopla do câmbio, além do volante, é claro, estão muito desgastados. Se estiverem, fuja! Isso normalmente começa a acontecer após os 70 mil quilômetros.
Como dissemos antes, é bom dar uma boa olhada em todos os detalhes. Se a carroceria estiver com um lado mais alto que o outro, é sinal de que há um problema na estrutura. Pode ser que o monobloco esteja, até mesmo, trincado ou torto. Nesse caso, melhor escolher outro carro.
Uma ação interessante durante o seu test drive é segurar o volante em linha reta e passar pelo solo molhado. Depois, dê uma olhada nas marcas deixadas no piso — elas precisam estar sobrepostas, ou seja, bem alinhadas.
Experimente fazer o teste com os vidros do carro abertos para conseguir escutar bem os ruídos. Muitas vezes, o uso de combustível adulterado é dado como desculpa para quando o veículo engasga. Mas, em alguns casos, pode haver algum dano na bomba do combustível, nos bicos ou nos filtros.
Barulhos diferentes não podem ser negligenciados. Dependendo da situação, o ideal é confirmar com seu mecânico de confiança se há problemas graves. Há peças que, se precisarem de manutenção, podem custar bem caro, como as bielas, os pistões e as camisas — elas costumam avisar que precisam ser trocadas com um som forte de batida.
Já mencionamos esse item antes, mas aqui a ideia é que você preste atenção a outro detalhe que pode fazer a diferença na hora de tomar a decisão: os pneus têm a mesma marca, medidas e aros nas rodas? Se um desses itens estiver em desordem, por ser que o proprietário anterior não tomasse tanto cuidado assim com o carro. Além disso, a suspensão pode ser danificada.
Dependendo do modelo do carro, você sabe que os problemas na caixa de câmbio podem custar bem caro. Por isso, o ideal é que você dirija usando todas as trocas de marchas, fazendo reduções e acelerações para sentir se não há nenhum problema no engate.
Já a embreagem pode ser verificada ao fazer subidas mais íngremes. Nelas, você saberá se o carro não vai patinar na aceleração, o que pode indicar que há desgaste.
Se o seu carro seminovo não for um superesportivo, aquele ronco muito forte não é para ser considerado normal. Muitas vezes, o escapamento pode estar furado, trincado ou ter um silenciador.
Depois que estacionar o carro, veja se o assoalho não ficou superaquecido. Verifique, também, se não há anéis ou braçadeiras soltas. Nada disso é perigoso o suficiente para impedir que você avance na negociação. Mas, ao menos, você poderá pedir um desconto ou a troca antes de assinar o contrato.
Aproveite o test drive para passar por aquelas ruas mais complicadas da cidade, com paralelepípedos ou com solo irregular. Essa é uma boa forma de perceber se está tudo certo com o sistema de suspensão. O mesmo vale para as lombadas. Se ouvir barulhos muito altos, se a roda trepidar ou se o carro der aquela chacoalhada muito forte, pode haver problemas nos amortecedores.
Sabe quando o carro produz um ruído agudo na frenagem? Pode ser que esteja na hora de trocar as pastilhas ou os discos, por causa do desgaste. Tente sentir, ainda, se o carro puxa para o lado na hora que você freia. Não leve o carro para casa sem ter todas as garantias de que está tudo bem com os freios.
Agora sim! Depois de ler o nosso guia completo, você está pronto para comprar seu carro seminovo. Seguindo todas as dicas que viu por aqui, certamente as suas chances de acertar na escolha serão muito maiores. E não se esqueça: o seu mecânico de confiança é o melhor aliado na hora de verificar as partes mais técnicas sobre as condições do veículo!
Gostou das informações? Aproveite que está com tudo na ponta da língua e entre no nosso site para encontrar o seu carro seminovo!