Na hora de comprar um carro, o motorista deve avaliar uma série de fatores. É preciso considerar o consumo de combustível, a potência do motor, os itens de série, o conforto dos bancos, a cor do modelo… É muita coisa! Por isso, é comum ficar um pouco perdido e esquecer de considerar elementos essenciais para fazer a sua escolha, por exemplo, se o automóvel tem direção hidráulica ou elétrica.
Esses dois sistemas auxiliam na direção do carro, tornando-o mais sensível ao toque no volante. Dessa forma, é mais fácil conduzir o veículo e realizar manobras. No entanto, o funcionamento de ambos é bem diferente, o que gera certas consequências.
Se você pretende comprar um automóvel em breve, provavelmente terá de escolher entre direção hidráulica ou elétrica. Quer conhecer os dois sistemas e saber qual o melhor para você? Então, prossiga com a leitura do artigo!
Antigamente, a maior parte dos carros era vendida com direção manual, sem nenhum tipo de assistência. Se você já conduziu algum automóvel assim, sabe o quão duros e pesados eles são, não é? Fazer longas viagens com eles era muito difícil, pois o braço cansava rapidamente.
Então, a indústria automotiva começou a trabalhar em soluções para modificar esse cenário e, hoje em dia, temos dois principais modelos: a direção elétrica e a hidráulica.
A direção hidráulica é a mais antiga delas. Seu funcionamento é relativamente complexo: o veículo conta com uma bomba hidráulica responsável por circular um óleo específico dentro da caixa de direção. A caixa é separada por um pistão em duas câmaras, uma para cada lado que o automóvel pode girar (esquerda ou direita).
Quando o volante gira, uma válvula libera o óleo e a bomba o envia para a caixa de direção. O pistão então direciona o óleo para o lado escolhido pelo motorista e essa pressão extra ajuda a roda a girar mais facilmente. Esse sistema é responsável por tornar a direção 80% mais leve para o condutor.
Já a direção elétrica é um pouco mais simples de entender. Em vez desse conjunto todo de peças, ela conta com um motor elétrico instalado na caixa de direção. Esse motor conta com vários sensores que medem diversas informações, como rotação, velocidade e comandos do volante.
Essas informações são registradas e interpretadas por uma central eletrônica que consegue "entender" o que o carro está fazendo. Com base nessa interpretação, a central ativa o motor elétrico para que ele faça a pressão adequada.
Na prática, essas diferenças entre a direção elétrica e hidráulica modificam a experiência do motorista ao dirigir. No entanto, ambas geram uma experiência de direção relativamente similar.
A grande diferença entre elas é que a direção hidráulica permite maior sensibilidade ao motorista. Com ela, dá para sentir mais o tipo de terreno, a aderência do pneu e outros pontos. Isso pode ser positivo (caso esteja rodando em um piso bem asfaltado), mas também pode ter lados negativos (é pior em um terreno acidentado).
Tanto a direção elétrica quanto a hidráulica são muito vantajosas para o motorista. A começar pela facilidade para rodar o volante. Se você anda pouco com o seu carro, talvez não sinta tanto o peso das manobras, mas quem é taxista ou motorista de aplicativo sabe que o peso pode acumular bastante no fim de um dia.
A direção elétrica conta com uma série de vantagens extras. A começar pela economia de combustível de até 5% do consumo de gasolina ou etanol do automóvel.
Outra vantagem do sistema elétrico é que ele permite que o carro receba funções úteis, como o assistente de manutenção de faixa (que não deixa o veículo sair de faixa não-intencionalmente) e o piloto automático adaptativo (que acelera e freia o carro de acordo com o fluxo). Afinal, parte da coleta de dados usada por esses dois sistemas é feita com os sensores dessa direção.
Para finalizar, dois últimos benefícios:
A direção hidráulica também tem suas vantagens, além de reduzir em 80% o peso do volante ao girar. Uma delas é o fato de ser um sistema muito mais comum do que o elétrico. Por causa disso, não só a sua revisão é mais barata, como as peças têm um preço menor também. Além disso, a maior parte das oficinas mecânicas consegue fazer esse serviço.
Além das vantagens, a direção elétrica e a hidráulica também contam com algumas desvantagens. Afinal, não existe sistema que seja 100% sem falhas ou problemas.
A direção elétrica apresenta dois pontos fracos essenciais. O primeiro deles é que, no caso de uma pane elétrica no sistema, o motorista fica com a direção manual, com todo o peso normal que ela tem.
Já a segunda é que, caso seja necessário trocar uma peça, o seu preço tende a ser caro. Afinal, é uma tecnologia avançada. Além disso, são poucas as assistências técnicas especializadas no assunto, o que encarece o trabalho. Por isso, é importante avaliar o custo-benefício do carro antes da compra.
Porém, a direção hidráulica também apresenta seus pontos fracos. O primeiro deles é a perda de potência do automóvel (cerca de 1 a 3 cavalos contra 0,6 cavalos da elétrica).
Por isso é um sistema indicado só para os carros com melhor desempenho, já que motores mais fracos (como 1.0) sofrem mais com essa perda. Além disso, essa potência é perdida o tempo todo, mesmo com o carro em linha reta, ao contrário do sistema elétrico, que só é ativado quando usado.
Para completar, a direção hidráulica é composta por várias peças, o que aumenta bastante as oportunidades de problemas. Por isso, ela costuma dar mais trabalho ao motorista.
Para evitar arrependimentos e escolher entre a direção hidráulica ou elétrica, o motorista deve sempre fazer um test drive e experimentar cada uma em diferentes situações. Afinal de contas, cada carro reage de forma única.
Além disso, é essencial levar em consideração o seu contexto na hora da escolha. Por exemplo, quem mora em cidades grandes, provavelmente terá mais opções de revisão. Por isso, não terá tantos problemas em encontrar alguém especializado em direção elétrica.
Com essas dicas, ficará muito mais fácil analisar cada modelo de carro e escolher entre a direção hidráulica ou elétrica. A tendência do mercado é a de atualização das tecnologias, então a perspectiva é que o sistema elétrico se torne regra no futuro. Por enquanto, ambas as opções estão disponíveis e cada uma com seu valor.
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