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Como identificar quilometragem adulterada na hora de comprar um carro

Por Redação em 09/11/2020 às 00:00
Atualizado em 09/11/2020 às 00:00
Como identificar quilometragem adulterada na hora de comprar um carro

Muita gente tem medo de comprar um carro seminovo ou usado por temer quilometragem adulterada. Ao contrário do que as pessoas pensam, no entanto, é possível identificar se o automóvel foi fraudado antes de fechar o negócio.
Saber a quilometragem certa do carro é muito importante, porque impacta não só o preço que se está pagando por ele, como também as datas de revisões, trocas de peças e, consequentemente, a segurança de todos que andarão a bordo.
Neste artigo, você poderá conferir algumas dicas de como analisar se houve fraude em um carro antes mesmo de comprá-lo — desde o desgaste geral apresentado pelo automóvel, passando pelos registros de revisões até violações no painel. Muitas são as pistas que os fraudadores costumam deixar. Comece a ler agora mesmo para aprender a não cair nesse golpe!

Por que analisar a quilometragem do carro?

A quilometragem do carro é medida por meio de um equipamento chamado hodômetro. Antigamente, esse medidor era analógico (com ponteiros) e atualmente é digital, o que torna mais difícil adulterar os dados — mas não impossível.
Analisar a quilometragem é importante por uma série de fatores, mas os dois principais são os seguintes:

  • ter uma ideia clara do nível de desgaste do carro e o que se pode esperar em relação à manutenção;
  • valor cobrado pelo carro na hora da compra (carros mais rodados são mais desvalorizados e vice-versa).

Como saber se a quilometragem foi adulterada?

Se, por um lado, é difícil saber se a quilometragem do carro foi adulterada, por outro, também é bastante complicado para o fraudador fazer isso sem deixar rastros. A seguir, algumas dicas de como perceber se o hodômetro foi violado.

Desgaste geral do carro

Imagine que você está prestes a comprar um carro com, supostamente, 25 mil quilômetros rodados. Porém, o volante já apresenta desgaste, o estofado parece ter muitos anos de uso, os pneus estão carecas, entre outros sinais que fazem com que o carro aparente ter bem mais do que isso. Fique alerta para uma provável fraude no hodômetro.
Afinal, os pneus de um automóvel geralmente duram pelo menos 30 mil quilômetros em boas condições, o volante e o estofado costumam apresentar sinais de desgaste só depois de 60 ou 70 mil quilômetros rodados, entre outras partes do carro que ainda devem ter um aspecto bem conservado.
Com apenas 25 mil quilômetros rodados, um automóvel ainda é praticamente novo, a não ser que tenha sido muito malcuidado nesse período, o que não é comum.

Data no manual do automóvel

Uma das melhores formas de identificar quilometragem adulterada é verificar o manual do automóvel. Todo carro tem um manual, no qual existe um espaço para registro das revisões de fábrica — o preenchimento fica por conta das equipes das concessionárias e oficinas autorizadas.
Nesse espaço, entre outros dados, são registradas as datas das revisões e a quilometragem do carro em cada uma delas. Ou seja, fica mais fácil verificar a real quilometragem do automóvel. E se não há registro das revisões de fábrica, bem, está aí mais um motivo para procurar outro carro mais confiável no mercado.

Histórico das seguradoras

Outra forma de averiguar a possível quilometragem adulterada é checar os bancos de dados das seguradoras pelas quais o carro foi avalizado anteriormente. Em geral, as empresas de seguros fazem uma vistoria no automóvel, na qual uma série de registros são feitos — inclusive, a quilometragem do carro na ocasião. Essas informações podem ser verificadas por meio de um contato com as seguradoras, que costumam cobrar um valor simbólico para fornecê-las.

Sinais de violação no painel

Como já foi dito neste artigo, é praticamente impossível violar o hodômetro e não deixar nenhuma marca. Carros com quilometragem adulterada, em geral, têm sinais de violação no painel, arranhões, rachaduras e outras evidências de que algo estranho ocorreu por ali. Preste atenção para evitar cair no golpe do hodômetro fraudado.

Test drive

Para quem entende um pouquinho de carro, outra boa dica é fazer um test drive para verificar as condições do automóvel. Aliás, isso é algo que deve ser feito sempre que se vai comprar um carro, independentemente das suspeitas a respeito de quilometragem adulterada ou não.
Ficar atento a barulhos, estabilidade do carro, conforto ao dirigir e outros detalhes que venham a chamar a atenção é fundamental. Para motoristas menos experientes, ter a companhia de um amigo ou um mecânico de confiança na hora de dar essa volta no carro pretendido também é uma boa opção.

GPS

Outra dica que pode ser aplicada durante o test drive é utilizar um aplicativo de GPS no celular e verificar se a quilometragem indicada pelo app é a mesma registrada no hodômetro. Se houver uma alteração significativa, esse é mais um sinal de que pode se tratar de um caso de quilometragem adulterada. É comum que carros que tiveram o hodômetro fraudado marquem uma distância percorrida diferente da real.

O que diz a lei sobre essa prática?

A lei é bastante clara no que diz respeito a fraudes, o que também vale para quilometragem adulterada. Basicamente, trata-se do crime de estelionato — o famoso artigo 171 do Código Penal Brasileiro — mas também pode ser enquadrado na Lei 8078, de 1990. O artigo 66 dessa lei diz respeito aos direitos do consumidor.
Todo produto ou serviço comprado no mercado deve garantir um período mínimo de segurança, durabilidade e desempenho. Ao adulterar a quilometragem, vários desses itens ficam comprometidos. Com o apoio da polícia — que deve ser notificada — o caso passará por uma investigação com perícia que comprovará se o carro teve a sua quilometragem adulterada ou não.
Entendeu por que é tão importante verificar se o carro teve a sua quilometragem adulterada? Apesar de muitas pessoas fazerem isso para valorizarem mais o seu automóvel, a prática é ilegal e pode render, inclusive, pena de prisão para quem comete esse crime. Afinal, mais do que causar prejuízo financeiro para quem compra o carro, os riscos de segurança se tornam maiores.

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