Carros e enchente não são uma boa combinação, pois coloca motoristas em risco e pode levar à perda total do veículo. Durante o verão (entre os meses de dezembro a março), são frequentes as notícias sobre alagamentos em áreas urbanas. Esse acúmulo de água ocorre por causa de pancadas de chuva intensas, que dificultam seu escoamento.
E se você estiver no trânsito e se deparar com uma situação dessa? Sabe como agir nessa circunstância? Dirigir nessa condição demanda conhecimento não apenas das normas de trânsito, mas também das características do automóvel, dos arredores e das vias de acesso.
Pensando nisso, criamos este conteúdo. Nele, reunimos tudo o que você precisa saber para melhorar sua direção defensiva durante períodos de enchente. Confira.
Se você deseja se preparar para esse momento, veja estas três dicas.
Atravessar alagamentos é a pior decisão, pois a força das águas é muito grande. No município onde você reside, certamente já se sabe quais são as vias que ficam alagadas quando a chuva é mais forte. Logo, se você percebe que o tempo está mudando, escolha outro caminho. Mesmo que ele seja mais longo, o importante é percorrer com segurança.
Chuva em asfalto molhado é uma situação crítica, pois o risco de aquaplanagem (deslizamento sobre a água) é grande. Por isso, é necessário ter cautela, não somente no trajeto, mas também nos veículos ao redor em possíveis obstáculos.
Manter uma distância maior dos carros à frente evita acidentes graves e concede mais espaço para manobras reativas em caso de problemas.
Caso a chuva comece de repente e o nível de água suba, analise as condições e veja se o carro pode enfrentar a situação. Verifique se o alagamento está acima do meio das rodas. Caso esteja, desista de seguir adiante. Retorne imediatamente e aguarde a água baixar para então seguir.
Claro que, em alguns momentos, é possível evitar os alagamentos. Porém, algumas vezes, não há como contorná-los, seja em vias urbanas, seja em trechos com rios ou lagos à beira da estrada. Descubra como prosseguir com segurança nessa condição.
O veículo pode apresentar alguns “sintomas” durante a travessia. A direção hidráulica pode ficar mais pesada, além da ocorrência de efeitos sonoros, flutuação de ponteiros no painel e ativação das luzes da bateria e injeção eletrônica. Em geral, são situações passageiras que não interrompem a dirigibilidade.
Além disso, o automóvel fará mais força para se deslocar. Por isso, desligue componentes, como ar-condicionado, rádio e tudo o que não for necessário para fazer uma passagem segura.
Conduza o carro em primeira ou segunda marcha e mantenha uma boa distância dos veículos da frente — o bastante para desviar sem precisar parar. Mantenha a aceleração e velocidade para evitar a entrada de água no escapamento, que pode levar a um calço hidráulico, comprometendo a combustão do motor.
Evite trocar a marcha nessa hora, permaneça em primeira ou segunda. No entanto, se o seu automóvel tem câmbio automático, deixe-o na posição “1” ou “L” para deixar a marcha mais forte. Mas, atenção, pois nem todos os modelos oferecem essa funcionalidade.
Quando a pista está encharcada, a resposta do freio fica prejudicada e o carro demora mais para parar. Portanto, mantenha uma velocidade constante e reduzida e teste a frenagem, para não ter uma surpresa desagradável. Correr para sair logo dessa condição é uma péssima atitude. Cautela sempre!
Caso o motor desligue, deixe assim. Não tente ligá-lo novamente, pois pode levá-lo à perda total, e o prejuízo será grande. Somente um mecânico qualificado poderá ligar o sistema de novo, após fazer as inspeções necessárias. Portanto, se o automóvel “morrer”, pegue os documentos e abandone-o em seguida.
Engana-se quem acha que alguns modelos são melhores que outros para ultrapassar alagamentos. Logo, evite ao máximo passar por trechos com histórico de enchentes e acompanhe notícias sobre locais críticos durante períodos chuvosos.
A primeira coisa é acionar o guincho e ir direto a uma oficina, sem ligar o automóvel. Se você girar a chave na partida, a água vai comprometer o sistema de motorização. Você terá de fazer um check-up completo, que inclui:
Caso o mecânico decrete perda total. Avalie suas condições financeiras para decidir se vale a pena reparar o carro ou comprar outro.
Isso depende do tipo de cobertura contratada. A apólice compreensiva protege contra fenômenos da natureza (alagamento, granizo, deslizamento de terra e objetos que caíram no automóvel). Ela é a mais popular entre a maioria dos condutores. Existem outros tipos de seguros que não resguardam em casos de danos causados por chuvas fortes e alagamentos. Por isso, é importante prestar atenção porque outras coberturas não amparam essa condição.
Vale ressaltar algo importante: o motorista não pode ultrapassar o trecho alagado. Se ele agir dessa forma, a seguradora pode não cobrir os prejuízos. Outro fato é para quem anda de carro no litoral: as corretoras não cobrem estragos causados por água salgada, somente água doce.
Se o veículo estiver na areia e a maré subir, retire-o logo do local porque, geralmente, essa condição não está inclusa na apólice. Nesse caso, consulte a empresa na hora da contratação. Por fim, se você mora em locais de risco, contrate o melhor seguro para evitar surpresas desagradáveis e prejuízos elevados.
Vou só como carros e enchente não combinam? O objetivo é evitar ao máximo ter de atravessar alagamentos para garantir seu bem-estar (também dos passageiros) e conservar todos os sistemas e componentes do seu automóvel, deixando-o conservado e valorizado.
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